sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Casa nova! Novidades!!!

Adorámos os seis meses que passámos aqui mas estamos de partida para outra casa.
Estamos à vossa espera em:

                     http://amoraconversa.blogs.sapo.pt/

domingo, 16 de agosto de 2015

O teu lugar

Chegaste de mansinho e sem que eu desse conta! Quando dei por ti já não sabia viver sem a tua presença!

Foste aproximando, ganhando um espaço único, que eu desconhecia que estava guardado para ti.

Estiveste ao meu lado sempre, quando gritava por ti mas principalmente quando a vergonha de te chamar se sobrepunha à vontade que tinha de te ter ao meu lado.
Nunca esperaste pelo me apelo. Aparecias e não arredavas pé até achares que podias ou devias.

Tornaste te na minha fortaleza mas também no meu companheiro de palhaçadas e tontices.
Contigo posso partilhar todos os disparates que me passam pela cabeça sem receio da critica ou do olhar "não digas isso que parece mal". Criámos uma linguagem nossa e ao teu lado descobri que existe um mundo novo sem qual eu não quero ficar.
´
Juntos rimos até nos doer a barriga sem qualquer vergonha.
E os nossos olhos já dizem  mais que a nossa boca.

Ainda bem que apareceste!
Hoje sei que o mundo não teria a mesma cor se não estivesses comigo e não tenho dúvidas que este recanto é teu!



domingo, 2 de agosto de 2015

Enredo

Desde miúda que se habituara a ler romances de cordel e apesar de saber que estas histórias só existem no papel, lá no fundo, bem escondido e secreto vivia a esperança de um dia viver um amor arrebatador!

Nunca tinha tido coragem de mostrar a ninguém a sua grande colecção de livros e folhetins, muitos deles oferecidos pela tia avó que lhe incutiu o gosto pela leitura.
Sabia que não tinha mal nenhum mas não conseguia deixar de sentir uma pontinha de vergonha e de achar que se iriam rir e achá-la ridícula.

Não se iludia no dia a dia mas naqueles momentos, embrenhava-se naquele mundo paralelo e permitia-se viajar, divagar e até por instantes ser umas das personagens que conhecia tão bem como se se tratassem de suas amigas de infância.
Vivia cada livro com todas as suas emoções e sensações.sem se prender ao que achava certo ou errado. Permitia-se a muito mais do que alguma vez o fizera na vida a cores.

Já se tinha envolvido em alguma relações, umas mais conseguidas do que outras e neste momento até estava numa chamada fase boa mas mesmo assim não conseguia por de lado as vidas que a faziam sair da sua. Por vezes tinha a sensação que estava a trair a sua história, como se o facto de ler os seus romances fosse um protesto sobre o que estava a viver. Mas acreditava que não, na realidade sentia-se muito bem na sua pele. Encontrara alguém que a compreendia, que a preenchia e com quem tinha vontade de partilhar sonhos e projectos.

Mas a ideia de largar os seus amigos de papel assustava-a, era como se senti-se em casa cada vez que abria um dos seus livros, mesmo os que estavam forrados para que ninguém se apercebe-se do que estava a ler.



A tarde já ia alta quando tocaram à campainha e deixaram um embrulho à porta. Intrigada, começou lentamente a desdobrar o papel colorido que cobria um caderno e uma caneta, sentia que estava a viver uma das cenas que tanta vez lera e relera.
Soltou uma gargalhada enquanto lhe corriam as lágrimas pela cara. Não viu quem lhe deixara a prenda mas também não precisava, sabia perfeitamente!

Na primeira página, ele rabiscara:
"Para criares o nosso romance de cordel!"

Agora sim, seria a protagonista desta história, com muitas páginas por escrever!

domingo, 19 de julho de 2015

Confiança

Foste justificando as tuas atitudes com os ciúmes, como se estes desculpassem tudo! Claro que não desculpam! Não te iludas mas principalmente não me iludas!

Dei-te todas a oportunidades possíveis e imaginárias para de uma vez por todas te libertasses dessas paranóias mas nenhuma foi suficiente.
Será que tens a noção de como me fazias sentir? Vigiada, controlada, sufocada.
Muitas foram as vezes que me senti como se estivesse dentro de uma redoma sem um friso para poder respirar.

Porque é que nunca acreditaste que se estava contigo era porque te amava mas acima de tudo era porque queria?

Apresentavas o teu espectáculo, dizias todos os impropérios que te vinham à cabeça e depois quando caias em ti imploravas pelo meu perdão.
Se realmente estivesses arrependido não necessitarias de andar sempre a justificar-te, não precisarias de esquemas para descartar a culpa que sentias!



Vinhas com a treta de quem ama tem ciumes. Mas onde é que raio é que isso faz sentido?!?!?!
Quem ama cuida, confia, preocupa-se mas acima de tudo respeita!
Nada que tu tenhas feito!
Invadiste, intrometeste-te, hesitaste e desconfiaste!

Olha agora aonde isso nos levou! Ao que mais receavas, à nossa separação!
E ao contrário do que sempre me acusaste, não foi por outro, foi apenas para me libertar de ti e desse amor que dizias sentir.

O melhor que tens a fazer agora é seguir com a tua vida e deixares de acreditar nas fantasias que a tua imaginação cria.

Eu seguirei com a minha, sempre segura do que sinto e de com quem quero estar e confiar cada vez menos em dito populares!

domingo, 12 de julho de 2015

Contigo

Ai o que era de mim sem te ter ao meu lado e sentir o teu abraço todos os dias? 

Que faria eu se não me pudesse descansar no teu olhar de conforto?

Que mulher me teria tornado se não me sentisse amada incondicionalmente por ti?

Contigo sinto-me capaz de enfrentar e dominar o mundo como se tivesse uma capa de super mulher e conseguisse voar! Não tenho medos nem receios, só vontade e coragem para ser feliz!
Ao teu lado descobri que para amarmos temos de aprender a deixar que os outros nos amem!




Juntos, entrámos numa montanha russa de emoções, sensações e descobertas e seguimos juntos nesta viagem até onde o nosso amor nos levar.

Agora sei que não preciso de muito para me sentir completa. Apenas de ti, do teu ombro, do teu colo.
Das doses imensuráveis de paciência e do apoio inquestionável. Das gargalhadas, dos hábitos e dos segredos só nossos!

A vida contigo mostrou-me que na simplicidade do nosso dia a dia, é que está a nossa riqueza e essa não tem preço!

domingo, 5 de julho de 2015

Mudança

Ensinaste-me que somos o que sentimos!

Na minha cabeça tinha uma ideia muito organizada e vincada de quem queria ter ao meu lado. Com que tipo de homem queria passar e partilhar a minha vida.
Sempre o procurei e algumas vezes o encontrei e na verdade nunca funcionou...

Nunca parei muito para pensar o porquê das minhas relações não funcionarem, fui atribuindo as responsabilidades a factores alheios, onde cabem uma imensidão de motivos e desculpas.

Mas a falha nunca seria dos pretendentes escolhidos. Já na adolescência me sentia atraída por homens intelectuais, sérios, rectos, com metas e objectivos muito bem definidos. Todos que fugissem destes critérios não sequer dignos da minha atenção.
Acreditava que com alguém assim ao meu lado tinha tudo para ser feliz e conseguir fácilmente atingir os meus sonhos e ser uma grande mulher de sucesso! Alguém que fosse respeitado e que fosse visto como um exemplo de mulher de carreira!

Muitas foram as vezes em que os meus amigos se divertiram à custa das minhas relações, chamavam-nos muitas vezes de casal robot, de tão cinzento que éramos.

Agora chegaste tu... e baralhaste e deste a volta a tudo que eu tinha como tão seguro.

Ainda me lembro, da primeira de vez que te vi. Completamente despenteado, de t-shirt e calções e ainda com areia nos pés. E eu ali, com o meu fatinho a tentar dar uma imagem descontraída num almoço de trabalho numa esplanada à beira da praia.

Olhaste para mim e riste-te como se nos conhecemos desde sempre e com isso desconstruíste-me.
Aproveitei para ficar a trabalhar por ali o resto da tarde mas na realidade não conseguia tirar os olhos de cima de ti.
Até que te sentaste e me perguntaste se alguma vez tinha experimentado dar um mergulho de fato.

Nunca mais te larguei e todos os dias ensinas-me que a vida é tão mais do que sonhamos e projectamos.
A nossa existência não se pode resumir a planos feitos em base quadrada e linhas rectas e é fantástica se a vivermos a cores!
Aprendi que nem sempre o que achamos ser o melhor para nós, é o que nos faz realmente feliz.

Mais, descobri que, apesar de preferir mergulhar com biquini, à falta de melhor o meu fato cinzento serve perfeitamente.



terça-feira, 16 de junho de 2015

O caminho

Cometemos o  maior erro de quem ama, ou de quem se julga amar.

Querer moldar o outro e achar que as pessoas mudam.

E isso não faz mesmo qualquer sentido.

Se me apaixonei pelo que és, porque raio te quero mudar? Se me amas, o que realmente te importa é a minha felicidade, mas não será hipocrisia, querer que a minha felicidade se baseie na tua vontade?

Fazemos juras de amor e promessas daqui até à Lua mas na verdade, se o caminho  até à Lua não passar na minha rua, vai ser difícil arranjar tempo para lá ir.

Atenção que isto não é uma critica ao teu comportamento, é apenas uma chamada à realidade. À nossa realidade, porque não me excluo desse plano de auto-satisfação embrulhado em papel altruísta.

Não duvido que gostemos um do outro, mas chamar lhe amor, possivelmente é demasiado ambicioso e auspicioso.

Adoramos proporcionar o melhor que temos um ao outro mas honestamente e claro inconscientemente, fazemo-lo à espera de terminada reacção. 

Mais do que isso, concebemo-lo na expectativa da devolução nas medidas que nos servem que nem uma luva.

E isso está errado? Provavelmente não.

Acredito que está nos nossos genes e no nosso subconsciente, que faz parte deste ser estranho que é o Homem.

Agora cabe-nos decidir o que queremos fazer com este conhecimento.

Podemos manter-nos juntos e conscientes que o percurso daqui até à Lua é um beco sem saída ou cada um vai procurar no seu mapa a rua que nos levará até lá.

Eu comprometo-me a começar a registar as rotas se tu indicares os percursos.